Texto
ECUMENISMO
“Mas, embora a
diferença de opiniões ou de formas de culto possa obstar a completa união
orgânica, deve tal diferença impedir nossa unidade de sentimentos? Embora não possamos
pensar do mesmo modo, não podemos amar de maneira igual? Não podemos ter um só
coração, ainda que não tenhamos uma opinião só?” (O Espirito Católico - Sermão
39 - John Wesley).
Através dos questionamentos levantados por John Wesley no sermão acima
citado, preparei uma resposta argumentativa em um texto dissertativo
associando o pensamento wesleyano com a realidade do diálogo ecumênico nas
igrejas da atualidade.
O
diálogo ecumênico convida pessoas de diferentes credos para buscar um caminho
de união em que se possam trabalhar com um coração integro a Deus e uma vida
cheia de amor ao próximo. Todavia Wesley deixou uma indagação de alguma coisa que
poderia ser feita. Nessa perícope do texto parece supor uma opinião que as
pessoas do coração contrito possam se encontrar no diálogo com humildade do
verdadeiro cristão.
Diante
das diferenças ele acredita que essas práticas possam chegar ao objetivo
desejado, embora talvez não acreditando. Para isso acontecer é necessário que a
comunidade possa realmente está inspirados na fé em Cristo. Entretanto, os
princípios práticos e a humildade deve andar juntos. Quanto ao coração católico
essas pessoas tem o coração estendido no horizonte da humanidade. A sua
participação no mundo será bem maior com relação aos que professam a mesma fé
em Cristo.
Além
disso há muitas divergências teológicas e doutrinárias entre “Católicos ou
protestantes” como por exemplo a forma do culto que causa desconforto no
diálogo. É de se pensar que consequentemente com outras, igrejas não cristãs fica
muito mais difícil haver este diálogo com o propósito da união entre as igrejas
praticando o mandamento de Deus. A postura das igrejas precisam mudar pra que
aconteçam mudanças e não divisões na perspectivas de cooperação comum. Uma das
barreiras a ser superada são as divergências históricas e culturais. A
indiferença é o maior obstáculo no ecumenismo nos dias atuais.
É
importante salientar que ó diálogo favorece a unidade deixando para traz as diferenças
e discriminações. É um equívoco achar que ecumenismo é pensar como outros
pensam, ou talvez querer tomar rumo diferente do que a pessoa acredita em seu
poder superior. Para tanto a priori é a busca dos ideais da ação para o bem da
humanidade para o próprio bem.
Atualmente
o ecumenismo tem um trabalho focado com igrejas e outras entidades. Existem
muitas barreiras e paradigmas precisando de mudanças. O ecumenismo é dinâmico e
não se restringe a religiões e nem a igrejas. Dessa forma cristãos acabam
fazendo seu ecumenismo popular se aproximando de pessoas de forma casual ou
conhecidos, que também toma por base o diálogo. Isso prova que o ecumenismo não está
privatizado por nenhuma religião. Com tudo o diálogo deve acontecer, mesmo
quanto tratar de trabalhar com outras igrejas como a católica.
Enfim,
é necessário que a igreja possa refletir com um coração devotado a Deus e ao
próximo a fim de trazê-los a uma reconciliação do mesmo sentimento de Cristo de
amar uns aos outros e andar como ele andou. Sem isso não haverá significado
para um “diálersiidadeogo e respeito”, a igreja precisa vencer o maior obstáculo, que é
a indiferença quando pessoas trabalham sozinhas sem compartilhar com ninguém.
Eliene Lima
Bacharela em Teologia pela Universidade Metodista de São Paulo